PROJETO 3X1 -EUNICE ESPINOLA

PROJETO 3X1 -EUNICE ESPINOLA
PROJETO DE 3 MÍDIAS E UMA PREMIAÇÃO

segunda-feira, 8 de abril de 2013

COCO CHANEL X CHICA DA SILVA

"Chica da, Chica da , Chica da Silvaaaaaa...
A negra
Chica da Silva a negra  de escrava a amante , mulher do  fidalgo tratador!"
Diz a letra da música.




Francisca da Silva de 

Oliveira, ou simplesmente 


Chica da Silva


foi uma escrava, posteriormente 

alforriada, que viveu no Arraial do 

Tijuco, atual Diamantina, Minas 

Gerais, durante a segunda metade 

do século XVIII.













Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel,

 foi uma importante estilista francesa. Suas criações influenciaram a 

moda mundial. É a fundadora da empresa de vestuário Chanel S.A.






O que linca Coco Chanel a Chica da Silva?

 De Paris a Diamantina.





O fato de nascerem mulher seria um grande argumento, mas não 

somente isto as identificam. 

Ambas de origem pobre, lutaram e conquistaram as maiores ou 

melhores cadeiras da sociedade em suas épocas.


Conheçam um pouco sobre a vida de ambas e façam vocês mesmo 

a  suas associações!





COCO CHANEL




A família de Gabrielle era muito numerosa: tinha quatro irmãos, residente no Luxemburgo (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era feirante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta das crianças. Devido à profissão de seu pai, Coco e as irmãs foram educadas num colégio interno o Colégio Nossa Senhora da Misericórdia, enquanto que os irmãos foram trabalhar numa quinta.
Aos 18 anos ela encontrou sua prima, que com a mesma idade tinha a mesma ambição de fugir do internato. Com êxito em 1903 ela trabalhou como costureira em uma loja de enxovais. Acerca de 1907-1908, em uma noite quando sai com sua prima ela se põe a cantar e começa a sonhar com o music hall. Seu apelido deve-se a seu pai que quando pequena chamava ela assim.





Em 1903, com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio e tentou procurar emprego na área do comércio e da dança (como bailarina) e também fez tentativas no teatro, onde raramente teve grandes papéis devido à sua estatura. Com sua silhueta, ela atrai e passa a viver com Etienne Balsan (1880-1953), que foi um socialite e herdeiro de uma famosa fábrica de tecidos que na época fabricava o uniforme do exército. Ele era criador dos melhores cavalos da França, mas o romance só dura alguns meses, ao perceber que ele não a amava mais.[2]


Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco conheceu o grande amor da sua vida: o milionário inglês Arthur Capel. Capel ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria tornar-se num sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este relacionamento, Chanel aprendeu a frequentar o meio sofisticado da Cidade Luz. Capel meses mais tarde morreu num desastre de carro. Com este desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura, comercializando também chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas desportivas para ir à praia e para montar a cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas.[2]





No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com Pavlovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo PicassoLuchino Visconti e Greta Garbo.








Leonelson Muquepe desenhava sua roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje. Em 1920, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o Chanel Nº 5.[3] O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não teve o mesmo êxito que o nº5.








Durante a Segunda Guerra Mundial

Chanel fechou a casa e 

envolveu-se romanticamente com 

um oficial alemão. Reabriu-a em 

1954.[2] No final da guerra, os 

franceses conceituaram este 

romance 

mal e deixaram de frequentar a sua 

casa. Nesta década, Chanel teve 

portanto dificuldades financeiras. 

Para manter a casa aberta, 

Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do 

Atlântico, passando a residir na Suíça. Devido à morte do ex-

presidente norte-americano John Kennedy e à admiração da 

ex-primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a 

aparecer nas revistas de moda com a criação dos seus tailleurs 

(casacosfato e sapatos). Depois voltou a residir na França.






Faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.[4] O filme Coco antes de Chanel retrata a biografia da estilista, com a atriz francesa Audrey Tautou interpretando Gabrielle Chanel.


CHICA DA SILVA


Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente Chica da Silva
foi uma escrava, posteriormente alforriada, que viveu no Arraial do 
Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais, durante a segunda metade 
do século XVIII.
Era filha do português Antônio Caetano e Sá e da escrava Maria da Costa, da Costa da Mina, por meio de um relacionamento extraconjugal. Foi registrada no Arraial Milho Verde, no município de Serro Frio, atual Serro.[3] Foi libertada por solicitação de João Fernandes de Oliveira, um contratador de diamantes.[3]
Foi escrava do sargento-mor Manoel Pires Sardinha[4], proprietário de lavras no Arraial do Tijuco. Nesta época teve pelo menos um filho, Simão Pires Sardinha, nascido em 1751, que teve como padrinho de batismo o então Capitão dos Dragões do Distrito Diamantino, em homenagem ao qual recebeu o nome. O registro de batismo deste filho não declara a sua paternidade, mas Manoel Pires Sardinha deu-lhe alforria e nomeou-o como um de seus herdeiros no seu testamento, daí o uso do mesmo sobrenome. Simão Pires Sardinha foi educado na Europa e veio a ocupar cargos importantes no governo da Corte. Embora não haja comprovação, alguns autores pretendem que ele teria tido parte na Inconfidência Mineira.

Em seguida, Chica da Silva foi vendida ou dada como escrava a José da Silva e Oliveira Rolim[2], o Padre Rolim. Ele foi, posteriormente, condenado à prisão pela importante participação que teve na Inconfidência Mineira. Também veio a viver com Quitéria Rita, uma das filhas de Chica da Silva e João Fernandes.
Pouco tempo depois, em 1754João Fernandes de Oliveira chegou ao Arraial do Tijuco para assumir a função de contratador dos diamantes[5], que vinha sendo exercida por seu pai homônimo desde 1740. Em 1754 Chica da Silva foi adquirida ou alforriada pelo novo explorador de diamantes João Fernandes. Nesta época ela possuía ao menos dois filhos, quando então passou a viver com o contratador, ainda que nunca tivessem se casado oficialmente.
Do João Fernandes ela ainda teria treze filhos durante os quinze anos em que com ele conviveu: Francisca de Paula (1755); João Fernandes (1756); Rita (1757); Joaquim (1759); Antonio Caetano (1761); Ana (1762); Helena (1763); Luiza (1764); Antônia (1765); Maria (1766); Quitéria Rita (1767); Mariana (1769); José Agostinho Fernandes (1770). Todos foram registados no batismo como sendo filhos de João Fernandes, ato incomum na época quando os filhos bastardos de homens brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai[1].
Entre 1755 e 1770 João Fernandes e Chica da Silva habitaram a edificação existente no que hoje é a praça Lobo de Mesquita, no número 266, em Diamantina[6][7].
A união consensual estável de João Fernandes e Chica da Silva não foi um caso isolado na sociedade colonial brasileira de envolvimento de homens brancos com escravas. Distinguiu-se por ter sido pública, intensa e duradoura, além de envolver um dos homens mais ricos da região durante o apogeu econômico[4].
Os amantes separaram-se em 1770, quando João Fernandes de Oliveira necessitou retornar a Portugal para receber os bens deixados em testamento pelo pai. Ao partir, João Fernandes levou consigo os seus quatro filhos homens. Em Portugal, os filhos homens de Chica da Silva receberam educação superior, ocuparam postos importantes na administração do Reino e até receberam títulos de nobreza[8].

Chica da Silva ficou no Arraial do Tijuco com as filhas e a posse das propriedades deixadas por João Fernandes, o que lhe garantiu uma vida confortável[8]. Suas filhas receberam a melhor educação que se dava às moças da aristocracia local naquela época[4], sendo enviadas para o Recolhimento de Macaúbas[9] , em Santa Luzia (Minas Gerais), onde aprenderam a fazer tricô, foram letradas, receberam intrução musical. Dali, só saíram em idade de se casar, embora algumas tenham seguido a vida religiosa.
Apesar de ser uma concubina, Chica da Silva alcançou prestígio na sociedade local e usufruiu das regalias privativas das senhoras brancas. Na época, todas as pessoas se associavam a irmandades religiosas de acordo com a sua posição social. Chica da Silva pertencia às Irmandades de São Francisco e do Carmo, que eram exclusivas de brancos, mas também às irmandades das Mercês - composta por mulatos - e do Rosário - reservada aos negros. Portanto, Chica da Silva tinha renda para realizar doações a quatro irmandades diferentes, era aceita como parte da elite local composta quase que exclusivamente por brancos[8], mas também mantinha laços sociais com mulatos e negros por meio de suas irmandades. Apesar disto, como era costume da época, logo que foi alforriada passou a ser dona de vários escravos que cuidavam das atividades domésticas de sua casa.
Faleceu em 1796. Como era costume na época, Chica da Silva tinha o direito de ser sepultada dentro da igreja de qualquer uma das quatro irmandades a que pertencia. Foi sepultada dentro da igreja de São Francisco de Assis[4] pertencente a mais importante irmandade local, um privilégio quase que exclusivo dos brancos ricos, o que demonstra que mantinha a condição social mais alta mesmo vários anos após a partida de João Fernandes para Togo.
O jornalista Antônio Torres em seus apontamentos sobre Diamantina contou que o corpo de Chica da Silva foi encontrado alguns anos após sua morte, intacto, conservando ainda a "pele seca e negra".

Duas mulheres que sem duvidas ousaram e marcaram época!
E por este motivo estão aqui, sendo homenageadas pelo meu blog.
Porque EUNICE IS BLACK!



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