Suave rima desencanta
Enleva alma e ritmo em dueto
Afago constante do espírito inquieto
Pulsa em forma de palavra um doce canto
Vulgar seria simplesmente
Atar-me somente ao belo sorriso,
Sem sequer apreciar o apuro
Do que se vê além dos finos traços
Deve-se encantar por pura astúcia
Leveza e força em equilíbrio farto
Combinam cor, graça, luz é fato
Numa cadência de rara perfeição
É quase uma Deusa em forma humana
Excede-se de beleza inigualável
Mas é mínima essa qualidade
Diante do que traz de si inteira
Que saibam apreciar seu luxo
Esculpido em cada detalhe
Mas que cuidem com esmero e zelo
Do teu rico coração o quanto vale.
O amor é mesmo tudo?
Tudo aquilo que nos inquieta
Tudo aquilo que nos deserta
Ou represa?
O amor é mesmo tudo?
Ou a paixão é que dorme
No fundo do peito
E ao despertar nos cega
O amor é mesmo tudo?
Ou o sexo e o desejo
A luxúria de todos os beijos
É aquilo que se quer?
O amor é mesmo tudo?
Instante ou futuro
Tempo de equação
Dúvida, sonho, perdão?
Se o amor é tudo
Que será da vida
Essa vilã, bandida
Ardil algoz do tempo?
Se o amor é tudo
Quem ama vive feliz
Quem nunca soube amar
Amarga dor e morre por um triz.
Se o amor é tudo, que seja
Se o amor é tudo, esteja
Se o amor é tudo, deseja
Se o amor é tudo, vem, me beija...
Fábio R. Ambrósio
(09/Fevereiro/2014).
EUNICE IS BLACK PRA VOCÊ!
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